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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O Quarto da Porta de aço #1

Galera, estou lendo um livro muito bom chamada Metamorfose: A Furia dos Lobisomens. E esse é um conto que me animou muito...espero que gostem ^^ (Creditos no fim do post)


Geraldo tinha uma rotina da qual se orgulhava: Chegava do trabalho exatamente as 18 horas, tomava seu banho que durava exatamente 15 minutos e preparava seu jantar que, geralmente, não lhe tomava mais que uma hora.
Pode parecer chato para a grande maioria das pessoas, mas Geraldo gostava dessa rotina. Mantê-la lhe dava grande prazer. Era o que lhe dava uma impressão de vida normal.
Ele gostava de pensar assim. Talvez, se continuasse a pensar desta forma, esqueceria o real motivo que o mantinha ali, encarcerado dentro de sua própria vida.
Carne.
Não pense que Geraldo era um vegetariano recém convertido e se preocupava em ficar longe de uma suculenta carne vermelha. Pelo menos...não carne animal.O Martírio de Geraldo estava nas noites de lua cheia. Todos os outros dias eram um ritual de preparação para aquelas interminaveis noites que a lua brilhava inteira no céu.
Ele se tornou vítima da maldição quando acampava na serra da mantiqueira com alguns amigos. Ele fora mordido por um lobo e, desde então, mantém uma disciplina que tem como único intuito, não atacar seres humanos. O desejo era incontrolável, por isso, preparou um cômodo especial em sua casa para ficar as noites em que se tornava lobisomem. Um quarto de quatro metros quadrados sem janela. A porta era feita de aço e totalmente revestida de prata. Ele não tinha total consciencia de quando estava transformado, mas podia se lembrar da dor que sentia só de tocar na porta.
Nas noites de lua cheia, ele se trancava dentro do pequeno comodo e aguardava. Apenas aguardava. Quando uma dor lancinante parecia rasgar suas entranhas, ele sabia que havia começado. Não se lembrava do que vinha a seguir. Seus osso atingiam proporções maiores que as normais. Os pelos tornavam conta do seu corpo. Os caninos apareciam.
Começava então a autoflagelação. A fera se jogava insistentemente contra as paredes na inútil tentativa de sair à caça.
A fúria só cessava quando já estava amanhecendo.
Era incessante e praticamente durante toda a noite.
O fato de nunca ter devorado um humano era motivo de orgulho para ele, pois sentia que a fera ainda não havia tomado o controle. Antes da adaptação do quarto, ele era obrigado a se isolar na mata e torcer para nenhum desavisado cruzasse seu caminho. Deu certo enquanto precisou.
Mas agora havia um fator que colocava toda sua rotina em perigo. Um fator que por si só ja lhe trazia um risco enorme. E não só pra ele...Pra ela também...
Sim, Geraldo estava apaixonado. Pela primeira vez em sua vida ele estava apaixonado perdidamente.

(CONTINUA)

Autor - Alex Mir

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Olhos Vermelhos

Um jovem empresário, em uma viagem de negócios passa por uma estrada, cai a noite e ele para na frente de um hotel. Decidindo que seria mais seguro não dirigir de noite em rodovias sem iluminação, decide passar a noite no hotel. Ele se dirige ao balcão e é prontamente atendido por uma simpática garota, que lhe dá a chave do último quarto do corredor.
Quando está no caminho para seu quarto, ele nota que de frente para o seu, há um quarto sem marcação (número). Com curiosidade ele olha pela fechadura do quarto e vê uma mulher extremamente pálida de costas para a porta, olhando para a janela. Sem nada estranhar ele vai dormir. No outro dia ele acorda e resolve olhar de novo, e tudo que vê é vermelho. Ele logo pensa "provavelmente a mulher notou que eu estava olhando e colocou algo vermelho para bloquear a fechadura. Depois, não aguentando a curiosidade, ele, quando já está saindo do hotel, pergunta à garota que fica no balcão:
"Quem é aquela mulher do quarto à frente do meu?"

A garota olha surpresa, e responde: "Naquele quarto, uma vez, ficou uma família. O pai assassinou a mulher e os  filhos, se matando depois. E a característica mais marcante era que eles tinham todo o corpo branco, exceto pelos olhos que eram vermelhos."



domingo, 29 de dezembro de 2013

Guia Sobrenatural - Entidades

Nessa série vou tentar te fazer entender um pouco sobre o "outro lado"
Espero que gostem e vamos la.


Entidades são os tipos de fantasmas que tem consciência e interagem com o meio. O principio que se encaixa seria o de que somos um corpo físico que armazena uma "consciência, algo que não morre. Sendo assim a "casca" (corpo físico) uma hora estraga e se decompõe, mas nós continuamos perambulando por ai, sem nossa casca.

Sendo assim, as entidades tem sua inteligência e consciência inalteradas; são aquelas que respondem a perguntas como "Tem alguém aqui ?" , aquelas que podem fazer coisas de propósito para se divertirem ou para nos atormentar...podendo ser algo bom ou ruim.


Um caso comum é o caso de apego material. As pessoas que morrem e não querem se desfazer de algo material, seja uma casa ou seja um botão. Elas permanecem ligadas a esse objeto ou local e se irritam quando seu bem tão amado é tocado por mãos estranhas. Um exemplo: Se você compra uma casa que ainda "pertence" a alguem e promover reformas nesta casa, seu antigo morador não ficará muito satisfeito...



Existem aqueles também que são ligados a uma pessoa. Um marido ciumento que mesmo depois de morto quer ficar de olho na esposa; a criança que não quer ficar sem os pais. E também tem os mais "cruéis" que ficam por seu intenso desejo de vingança, que buscam aquele que o matou ou que causou sua morte mesmo que indiretamente.


Tipo de Entidades

Fantasmas do Passado

É o tipode entidade que está "adiando" seguir em frente, ou que deseja realizar alguns objetivos rápidos, acertar algumas pendências.

Fantasmas do Presente

São os fantasmas de pessoas vivas. Casos onde a pessoa consegue projetar seu corpo astral (sua alma) e alguém acaba vendo esse seu corpo. Ou em alguns casos que podem ser mais comum...quando a pessoa está em um estado critico como por exemplo a alguns segundos a colidir em algum acidente e seu corpo acaba sendo visto por um curto periodo de tempo por algum familiar.


Fantasma do Futuro

Como fantasmas do presente, eles aparecem apenas uma vez. Geralmente trazendo alguma mensagem do futuro, um aviso. Relatos de pessoas que trabalham em asilos constam a aparição de uma figura alta vestida de preto (como o anjo da morte). Esse tipo de fantasmas também pode impedir a morte, dando um aviso de algo que irá acontecer com você, e que com essa informação você pode evitar tal perigo.

Entidades não Humanas

Seriam como os demônios ou porque também não anjos ? São seres que não são humanos, porém estão por ai no mundo "invisível", causando danos mentais e em alguns casos físicos nas pessoas. São o tipo mais dificel de se lidar.

Aproximadamente 60% a 70% dos relatos fantasmagóricos estão relacionados a uma entidade.


E ai, sabem algo a mais que gostariam de implementar no guia ? Deixe nos comentarios !


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Vazias


            Estava fazendo uma poesia,
            Quase uma filosofia,
            Porém enquanto eu fazia,
            Eu ouvia algo que ria,
            Eu sentia uma espécie de agonia,
            Que tomava tudo que em mim existia,
            Então eu perceberia,
            Que as órbitas do ser que me olhava eram vazias,
            Sua pele era pálida e fria,
            E seu sorriso assustado, respirar não me
            deixaria,
            E perceberia que desapareceria,
            E na minha frente surgiria,
            Antes que eu pudesse reagir me atacaria,
            Perto da minha morte falaria:
            Que o gosto de medo em meu sangue sentia,
            E que não se arrependeria,
            Pois do fraco que acabava de cair,
            Ele renasceria.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Krampus - O Anti-Papai Noel



O Krampus, como você pode ver nas imagens, é representado como uma criatura bestial — com chifres de cabra, cascos de fauno e o corpo coberto de pelos — de aparência horripilante, e sua origem está relacionada ao folclore germânico. Há milhares de anos, antes do surgimento do Cristianismo, existia na Europa uma grande variedade de lendas associadas à realização de festejos e sacrifícios para honrar as divindades, para que no próximo ano a colheita fosse farta.

De acordo com a lenda, o Krampus aparece na noite do dia 5 de dezembro e fica perambulando pelas ruas durante duas semanas, arrastando correntes enferrujadas e tocando sinos para assustar as crianças. Hoje em dia, jovens rapazes se fantasiam com trajes demoníacos superelaborados e saem pelas ruas, e muitos carregam varas e um cesto nas costas que serviria para capturar os desobedientes e levá-los para o inferno.


Atualmente, em alguns países dos Alpes, celebra-se o Krampusnacht (Noite do Krampus) no dia 05 de Dezembro (Uma vez que dia 06 é comemorado Dia de São Nicolau). As pessoas se vestem como a criatura, e saem pelas ruas participando do Krampuslauf (Corrida do Krampus), onde as pessoas fantasiadas correm pelas ruas segurando tochas e assustando crianças e adultos.
Também é comum trocar cartões com imagens do ser, os chamados Krampuskarten (Cartões do Krampus), com imagens da criatura atacando/atrapalhando crianças, ou até mesmo insinuando-se para mulheres. Os cartões geralmente vem com o escrito Grüß vom Krampus (Lembranças do Krampus) e acompanham poemas engraçados ou frases.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

As Flores da Morte


Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada.
Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima sua morte.
Certa hora, bate a porta de seu quarto uma mulher e entrega a mãe da moça um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice". Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito em oração.
Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos.
A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Pesadelos



Minha tataravó morreu em uma manhã cinza de inverno. Havia algum tempo ela vinha reclamando de dores no peito, mas o médico pouco pode fazer para ajudá-la. A medicina naquela época ainda era muito precária, as pessoas tinham que confiar somente no olho clinico do médico. Fizeram o velório ali em sua casa como era de costume e a enterraram antes do anoitecer.

Meu tataravô desolado voltou para sua casa, a morte levara sua parceira de tantos anos e agora ele seria um solitário já que os filhos eram adultos, casados e cada um tinha sua própria vida. Já era de noite quando ele estava na cozinha, iluminada somente por um lampião e algumas velas acesas na mesa de jantar, tentando fazer algo para comer no fogão a lenha quando escutou minha tataravó chorando no quarto e chamando seu nome. Era um choro misturado com gemidos de medo e quando ela chamava seu nome ela gritava “Emiro, me ajuda”, e mais choro. Ele ficou petrificado no lugar por alguns minutos até que criou coragem, pegou o lampião e foi andando de vagar até o quarto.

A medida que ele ia se aproximando do quarto o choro diminuía e quando ele chegou lá o choro parou completamente. Iluminou o quarto vazio e se assustou ao ver que a cama estava bagunçada, mas ele tinha certeza de que estava arrumada antes de ir para o enterro. Quando ele virou de costas para voltar a cozinha o choro começou de novo. Ele colocou a mão com o lampião para dentro quarto, mas pouco pode ver, pois a luz era muito fraca para iluminar todo o ambiente. Foi andando de vagar em direção a cama, passo a passo tentando ver algo. A primeira coisa que viu foram as pernas da minha tataravó, estavam cinza e se contorciam na cama. Meu tataravô teve vontade de iluminar o resto do corpo, mas o medo falou mais alto e ele saiu correndo em direção a cozinha e a voz chorosa que dizia “Emiro, me ajuda” foi silenciando até calar-se.

Ele saiu da casa e ficou na varando por horas, sentado em sua cadeira e fumando seu cachimbo. Nervoso e aterrorizado com os acontecimentos. Não tinha coragem de voltar para dentro da casa e tampouco podia ir para a casa de um dos filhos porque eles moravam longe. Acabou pegando no sono já em alta madrugada.

O pesadelo que se seguiu foi horrível. Minha tataravó estava viva dentro do caixão, arranhando a tampa tentando cavar uma saída enquanto suas unhas se desprendiam da carne e sua boca buscava o ar que ali já não existia mais. Pouco a pouco ela foi perdendo as forças até que seus olhos se arregalaram e seu corpo deixou de buscar oxigênio.

Ele acordou na varanda sufocando como se ele mesmo estivesse dentro do caixão. Desesperado, o pobre rolava no chão em busca do ar que aos poucos foi lhe voltando. Quando estava mais calmo e controlado decidiu ir até a casa de um de seus filhos e contar o ocorrido. Foi até a casa do meu tio-avô Ramiro que o acalmou dizendo que eram somente sonhos e que ele estava impressionado por causa de sua recente perda.

Não satisfeito, ele foi até o delegado da cidade e pediu a exumação do corpo que lhe foi automaticamente negada por não haver nenhuma razão convincente além de uma visão ou pesadelo como todos acreditavam.

Nos próximos dias ele teve o mesmo pesadelo e cada vez parecia ser mais real. E todos os dias ele voltava à delegacia para pedir a exumação do corpo que lhe foi negada até o dia em que chorando de desespero na frente do delegado, este lhe concedeu o pedido. Quando abriram o caixão todos gritaram de terror, tudo estava como meu tataravô tinha sonhado. A tampa do caixão arranhada, minha tataravó sem unhas, com a boca e os olhos escancarados.

Via - http://www.contosehistoriasdeterror.com/